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alma-lusa

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02
Abr11

B.I. (RTP2)

 

«A série B.I. estreia sábado, 2 de Abril, às 21h30, na RTP2, e dá a conhecer em 13 episódios, de 25 minutos cada, a realidade complexa de jovens de diversas origens residentes em bairros multiculturais. B.I. expõe o desenvolvimento de workshops de cinema em quatro bairros de várias zonas de norte a sul do país: o bairro da Bela Vista, em Setúbal, os bairros da Rosa e do Ingote, em Coimbra, o bairro da Apelação, em Loures, e o bairro do Casal da Mira, na Amadora.

 

Cada workshop conta com a participação de 8 jovens e de formadores-realizadores que vão acompanhar os formandos na realização de curtas-metragens. Depois da selecção dos três melhores filmes realizados pelos participantes, cabe ao formador decidir qual a curta-metragem do bairro que chegará à final. O último episódio da série conta com um painel de três júris convidados e a apresentação do derradeiro vencedor da série que receberá um prémio no valor de 1500 Euros em formação na Restart – Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias, em Lisboa.

 

A série pretende criar um espaço de reflexão sobre a emigração, o sentido de origem e a noção de pertença de jovens de diversas origens residentes em Portugal, espelhando as suas preocupações e o seu dia-a-dia. B.I. inspira-se no projecto “Belonging/Pertencer/Chez Nous”, desenvolvido em 2008 pela Vende-se Filmes com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Neste contexto, realizadores como Luísa Homem, Miguel Tomar Nogueira, João Miller Guerra e Manuel Costa participaram enquanto formadores de um workshop de cinema no Casal da Boba, na Amadora, resultando desta experiência vários mini-filmes realizados pelos próprios formandos.

 

B.I. revela aos espectadores uma realidade perspectivada pelo olhar de jovens que, através do contacto com uma área artística, são desafiados a pensar o mundo onde vivem.»

 

B.I. estreia hoje, às 21h30. Sábados, às 21h30, na RTP2.

 

 


 

 

01
Abr11

"Mãezinha", de António Gedeão (Um Poema por Semana - RTP2)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mãezinha

A terra de meu pai era pequena
e os transportes difíceis.
Não havia comboios, nem automóveis, nem aviões, nem mísseis.
Corria branda a noite e a vida era serena.

Segundo informação, concreta e exacta,
dos boletins oficiais,
viviam lá na terra, a essa data,
3023 mulheres, das quais
45 por cento eram de tenra idade,
chamando tenra idade
à que vai desde o berço até a puberdade.
28 por cento das restantes
eram senhoras, daquelas senhoras que só havia dantes.
Umas, viúvas, que nunca mais (oh! nunca mais!) tinham sequer sorrido
desde o dia da morte do extremoso marido;
outras, senhoras casadas, mães de filhos...
(De resto, as senhoras casadas,
pelas suas próprias condições,
não têm que ser consideradas
nestas considerações.)

Das outras, 10 por cento,
eram meninas casadoiras, seriíssimas, discretas,
mas que, por temperamento,
ou por outras razões mais ou menos secretas,
não se inclinavam para o casamento.

Além destas meninas
havia, salvo erro, 32,
que à meiga luz das horas vespertinas
se punham a bordar por detrás das cortinas
espreitando, de revés, quem passava nas ruas.

Dessas havia 9 que moravam
em prédios baixos como então havia,
um aqui, outro além, mas que todos ficavam
no troço habitual que meu pai percorria,
tranquilamente, no maior sossego,
às horas em que entrava e saía do emprego.

Dessas 9 excelentes raparigas
uma fugiu com o criado da lavoura;
5 morreram novas, de bexigas;
outra, que veio a ser grande senhora,
teve as suas fraquezas mas casou-se
e foi condessa por real mercê;
outra suicidou-se
não se sabe porquê.

A que sobeja
chama-se Rosinha.
Foi essa que meu pai levou à igreja.
Foi a minha mãezinha.

 

António Gedeão
1906-1997

 

Obra Completa
António Gedeão
Relógio d'Água

 

01
Abr11

Curador Miguel Amado contratado pela Tate Gallery

Miguel Amado

 

O curador e crítico de arte português Miguel Amado, comissário de várias colecções portuguesas, vai integrar o departamento de curadoria da Tate Gallery, a principal instituição museológica do Reino Unido. Em declarações à Agência Lusa, Miguel Amado, que actualmente vive em Nova Iorque, considera que este convite "mostra a vitalidade das práticas de curadoria em Portugal e o crescente interesse pela arte portuguesa contemporânea no estrangeiro". O português assume, a partir da próxima semana, o cargo de comissário de exposições e colecção da Tate St. Ives, um dos quatro museus da instituição cultural, a par dos dois em Londres (Tate Britain e Tate Modern) e outro em Liverpool. Para Miguel Amado, o Tate St. Ives é, cada vez mais, "um importante centro de arte internacional" que promove "exposições individuais e colectivas, apresentações da sua importante colecção e encomendas dedicadas a artistas e períodos modernos e contemporâneos".

 

Miguel Amado nasceu em 1973 e é natural de Coimbra. É comissário da Fundação PLMJ, em Lisboa, entre muitos outros projectos a nível internacional, e colaborou recentemente com o Museu Colecção Berardo, o Centro de Artes Visuais de Coimbra e o Museu da Cidade de Lisboa. Recentemente, venceu o "Unsolicited Proposal Program Winner", do centro de arte nova-iorquino Apex Art, um dos principais concursos internacionais para comissários, com uma proposta para a realização de uma exposição colectiva. A proposta do curador português ficou em 1º lugar entre 557 candidaturas de mais de 60 países. A exposição "The Walls That Divide Us", financiada pela Apex Art, será inaugurada a 9 de Novembro, com obras da palestiniana Emily Jacir e da mexicana Teresa Margolles, entre outros artistas cuja obra reflecte zonas de conflito, como a fronteira entre Israel e a Palestina ou a fronteira entre o México e os Estados Unidos.

01
Abr11

A Lua de Maria Sem (Ponte de Sor e Lisboa)

 

«A Lua de Maria Sem, peça escrita na íntegra por João Monge, tem como ponto de partida a criação de novas letras para fados tradicionais compostos por Alfredo Marceneiro. A palavra cantada, por Manuela Azevedo, junta-se à palavra dita, por Maria João Luís. Duas expressões de uma mesma personagem, Maria Sem.»

 

Teatro Cinema de Ponte de Sor - 1 e 2 de Abril

Teatro Municipal São Luiz (Lisboa) - 14 a 17 de Abril

01
Abr11

Festival Literário da Madeira (1, 2 e 3 Abril)

 

Começa hoje a 1ª edição do Festival Literário da Madeira. A abertura oficial terá lugar no Hotel Meliã Madeira Mare, no Funchal, às 19h00, mas o pré-arranque dá-se com a visita dos escritores Inês Pedrosa, valter hugo mãe, Afonso Cruz, Mário Zambujal e Rui Zink, entre outros, às escolas do Machico, Ponta do Sol, Santa Cruz e Jaime Moniz (Funchal), pelas 16h00.

 

No sábado e no domigo, decorerrão cinco mesas subordinadas a temas diversos em que participarão autores madeirenses e continentais. Estas iniciativas são abertas ao público e com entrada gratuita. Os escritores presentes serão Afonso Cruz, Ana Margarida Falcão, António Fournier, Antonio Scurati, David Machado, Eduardo Pitta, Graça Alves, Inês Pedrosa, Isabela Figueiredo, José Mário Silva, Mário Zambujal, Miguel Vale de Almeida, Patrícia Portela, Paulo Sérgio BEJu, Pedro Vieira, Raquel Ochoa, Rui Nepomuceno, Rui Zink, Sandro William Junqueira, valter hugo mãe e Violante Saramago. As mesas serão moderadas por Diana Pimentel, Francesco Valentini, Francisco Faria Paulino, Miguel Albuquerque e Rogério Sousa.

 

Neste festival, haverá ainda lançamento de livros. Amanhã, sábado, é apresentado "A Queda de um Anjo", de Camilo Castelo Branco, numa edição Nova Delphi que conta com a apresentação de Viale Moutinho, autor de numerosos estudos e antologias no campo da literatura popular. No domingo à tarde, será lançado "De profundis", de Oscar Wilde, também numa edição Nova Delphi que será apresentada por Miguel Vale de Almeida.

 

A festa dos livros vai tornar ainda mais bela a "pérola do Atlântico"!

 

http://www.festivalliterariodamadeira.com/

 

 

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