E assim começou a Revolução dos Cravos que, no dia 25 de Abril de 1974, deitou abaixo uma ditadura de 48 anos e devolveu a liberdade aos Portugueses! Numa época em que atravessamos uma grave crise, e tempos difíceis se avizinham, os ideais de Abril têm de estar mais vivos do que nunca. Portugal é um país com mais de 800 anos de História que já passou por momentos muito difíceis e sempre soube ultrapassá-los... como diz a capa da revista VISÃO desta semana: "Já fomos à bancarrota, já perdemos a independência, já vimos Lisboa destruída. E ainda cá estamos". E, mais uma vez, iremos dar a volta por cima! Portugal é um país maravilhoso, os portugueses são um povo fantástico... unidos seremos ainda mais fortes e vamos ajudar o nosso País a sair desta situação!
Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! Viva Portugal!
É um exemplo de valentia e grandeza na Revolução dos Cravos. Salgueiro Maia, soldado português, comandou as forças que avançaram sobre Lisboa no 25 de Abril de 1974. Pôs fim à ditadura militar e forçou a rendição de Marcello Caetano. Foi aclamado em apoteose. Salgueiro Maia impediu uma devastação desnecessária e deu aos Portugueses um novo amanhecer. Personifica o herói dos tempos modernos. É o mais puro símbolo da coragem e generosidade dos Capitães de Abril.
Nascido em Castelo de Vide em 1 de Julho de 1944, Salgueiro Maia resolve fazer carreira militar. Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar e, dois anos depois, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, para frequentar o tirocínio. Em 1968 é integrado na 9ª Companhia de Comandos e parte para o Norte de Moçambique, em plena guerra colonial. A participação vale-lhe a promoção a capitão, já em 1970. Depois de Moçambique vai para a Guiné. Regressa a Portugal em 1973, altura em que é colocado na Escola Prática de Cavalaria.
Como delegado da arma de cavalaria, acaba por integrar a comissão coordenadora do movimento das forças das armadas (MFA) que, entretanto, iniciara reuniões clandestinas. Após o levantamento das Caldas, a 16 de Março de 1974, no histórico dia 25 de Abril o capitão comandou a coluna de 240 homens e 10 carros de combate da Escola Prática de Cavalaria de Santarém que montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço, em Lisboa.
No final da tarde do dia 25, Salgueiro Maia força a rendição de Marcello Caetano, que entrega a direcção do governo ao general António de Spínola. Maia escolta Caetano ao avião que o transporta para o exílio. As notícias varrem o país como um "tsunami" de alegria e regozijo. A Revolução dos Cravos marcava o fim da ditadura em Portugal. Os Portugueses acordaram noutro país, com mais esperança.
Em 4 de Abril de 1992, Salgueiro Maia morreu vítima de uma doença cancerígena. No cemitério de Castelo de Vide, quatro presidentes da República - António de Spínola, Costa Gomes, Ramalho Eanes e Mário Soares - vêem descer à terra o corpo de um dos homens que mais contribuiu para que todos eles pudessem ascender à mais alta magistratura da Nação.
« "48" é um documentário, realizado por Susana de Sousa Dias, que revela os testemunhos de pessoas que foram interrogadas pela polícia política portuguesa (PIDE), sobrepostos por fotografias a preto e branco que foram tiradas na época pela própria PIDE. "Por outras palavras, eles mostram o custo de ter um rosto, o custo de ver uma cara como esta." »
Começaram hoje as partidas do Estoril Open 2011, cuja 22ª edição se realiza de 23 de Abril a 1 de Maio. Durante uma semana, grandes nomes do ténis nacional e mundial irão passar pelo Complexo do Jamor. Destaque para os tenistas Robin Soderling, Juan Martin del Potro, Fernando Verdasco e o português Frederico Gil que, no ano passado, chegou à final.
As transmissões televisivas do Estoril Open podem ser vistas na RTP2 e na RTPN.
Mais uma jornada de glória para o judo português! No Campeonato da Europa de Seniores, que se realizou em Istambul, de 21 a 24 de Abril, Portugal conquistou 3 medalhas: uma de ouro e duas de prata.
O primeiro dia de competição começou da melhor maneira, com a conquista de duas medalhas de prata. Joana Ramos conquistou a prata na categoria de - 52 kg e Telma Monteiro conseguiu o mesmo feito, na categoria de - 57 kg.
No segundo dia de provas, melhor só mesmo o ouro e ele chegou com a brilhante vitória de João Pina, que revalidou o título de Campeão Europeu na categoria de - 73 kg, ao vencer na final o russo Murat Kodzokov.
A selecção nacional de hóquei em patins venceu, pela 16ª vez, o Torneio de Montreux, na Suíça, ao bater ontem, na final, a rival Espanha. Portugal venceu a selecção espanhola por 2-1, com golos de Valter Neves e Caio, tendo o golo espanhol sido marcado por Eloi Mitjans.
O percurso de Portugal neste torneio só conta com vitórias. Na fase de grupos, derrotou a Alemanha (10-1), o Hóquei Club de Montreux (6-1) e a Espanha (3-1). Na meia-final, eliminou Angola com o resultado de 6-2 e, na final, voltou a encontrar, e a derrotar, Espanha, tendo-se sagrado campeão.
O Torneio Internacional de Montreux é um dos mais antigos e importantes torneios de hóquei em patins a nível mundial. Esta foi a 64ª edição, tendo Portugal vencido 16. Na edição anterior, em 2009, Portugal também se sagrou campeão.
Parabéns a toda a equipa e ao seleccionador nacional, Rui Neto!
Faleceu, no passado dia 22, o cantor e apresentador João Maria Tudela, aos 81 anos. João Maria Tudela nasceu em Moçambique, na antiga capital Lourenço Marques, hoje Maputo. Até aos 13 anos, estudou na África do Sul e, mais tarde, começou a actuar como solista no Liceu Salazar, na capital moçambicana. Sem saber música, tocava vários instrumentos como piano, guitarra, viola e harmónica.
Continuou os seus estudos em Coimbra, onde acentuou a sua veia artística, e depois regressa a Moçambique para trabalhar na "Companhia de Seguros Império" e na "Shell", onde foi responsável comercial durante uma década. É também por esta altura que desenvolve o seu gosto pelo ténis, chegando a ser um dos melhores praticantes deste desporto na ex-colónia portuguesa.
Mas a verdadeira paixão de João Maria Tudela era a música, que nunca deixou de cantar, em especial o fado de Coimbra. Mais tarde, começa também a interessar-se por música africana. Em 1959, grava o seu maior êxito de sempre, "Kanimambo" (significa Obrigado no dialecto Changane), tema que foi eleito pela Emissora Nacional como um dos quatro maiores acontecimentos desse ano. Depois de uma digressão pelo Brasil, passa por Portugal no regresso e a pressão para se instalar na então Metrópole é tanta que, poucos meses depois, João Maria Tudela regressa para ficar definitivamente como profissional.
No início da década de 60, entra em grande no panorama artístico português, tendo conquistado vários fãs com o seu porte elegante e educado. Ganhou vários prémios, entre os quais o Prémio da Crítica "O Melhor da TV", em 1962. Participou no Festival RTP da Canção em 1966 e 1968. Em 1968, após ter interpretado o tema "Cama 4, Sala 5", de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, foi censurado e proibido de voltar à RTP, tendo decidido terminar a carreira. Depois do 25 de Abril de 1974, voltou a trabalhar em programas da RTP, em peças de teatro e outros espectáculos.
Apresentou o programa "Noites de Gala", na RTP, a pedido de Carlos Pinto Coelho. Participou em alguns episódios da novela "Jardins Proibidos", na TVI. Na Rádio Comercial apresentou "Histórias da Música Portuguesa" e foi ainda colaborador na RDP Internacional , onde promovia a música portuguesa com o programa "Cantando espalharei".
Entre os seus principais êxitos musicais estão: Kanimambo, Hambanine, O meu chapéu, Diz que gostas de mim, Menina das tranças, No país do sol, Soldado Português, Moçambique, Liberdade, Fuzilaram um homem num país distante.
O "Senhor Kanimambo" partiu e a música portuguesa ficou mais pobre!