O português Lenine Cunha conquistou hoje a medalha de prata na prova de salto em comprimento T20 (deficiência intelectual) nos Campeonatos do Mundo de Atletismo para atletas com deficiência, na Nova Zelândia.

Lenine Cunha conquistou a prata com um salto de 6,74 metros. O ouro foi para o espanhol José Exposito e o bronze para o polaco Jacek Kolodziej.

Esta medalha de prata vem juntar-se ao ouro conquistado por Luís Gonçalves nos 400 metros T12 (ambíoples).

O espólio de Sophia de Mello Breyner Andresen será hoje oficialmente doado pela família da escritora à Biblioteca Nacional, em Lisboa. A cerimónia, com início às 16h00, conta com a presença da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e nela será assinado o termo de doação do espólio de Sophia.

Maria Andresen Sousa Tavares, a filha mais velha da poeta, descreveu ao jornal Público o que consta deste espólio: "São cadernos e folhas soltas com rascunhos e diferentes versões de vários tipos de textos, esboços de projectos, traduções; são cartas, agendas cheias de notas sobre afazeres do dia-a-dia (números de telefone, receitas de cozinha, contas domésticas), diários de viagem, desenhos, recortes de jornais com depoimentos e entrevistas, fotografias; são impressos que documentam gestos de solidariedade e envolvimento cívico e político." Maria Andresen considera que uma das mais partes mais interessantes do espólio foi a descoberta dos mais antigos cadernos de poemas, datados entre 1932 e 1941, no fundo de um móvel meio abandonado.

Após a morte de Sophia de Mello Breyner Andresen, o material que estava guardado em casa da escritora, em Lisboa, foi para uma sala do Centro Nacional de Cultura. Foi aqui que uma equipa, constituída por Maria Andresen Sousa Tavares e Manuela Vasconcelos, leu, identificou e classificou cada documento. O espólio chegou à Biblioteca Nacional em Novembro de 2010 e será hoje oficialmente doado.

Depois do acto de doação, será inaugurada, pelas 18h30, também na Biblioteca Nacional, uma exposição com material do espólio intitulada "Sophia de Mello Breyner Andresen - Uma Vida de Poeta", apresentada pelas comissárias Paula Morão e Teresa Amado. Estão previstas intervenções de alguns amigos da poeta e leituras de poemas pelos actores Luís Miguel Cintra e Beatriz Batarda. Será ainda lançado o catálogo da exposição e apresentado o site dedicado à escritora na Biblioteca Nacional Digital.

Amanhã, começa o primeiro Colóquio Internacional dedicado a Sophia de Mello Breyner Andresen, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Este colóquio, que durará 2 dias, contará com a participação de 40 especialistas nacionais e estrangeiros e será também apresentado o número de Janeiro da revista Colóquio/Letras, da Gulbenkian, em parte dedicado à escritora.

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004. É um dos grandes nomes da literatura portuguesa.

Grandes Livros: "Navegações", de Sophia de Mello Breyner Andresen

O escritor português António Lobo Antunes está a ser alvo de uma homenagem em França, que vai durar todo o primeiro semestre de 2011. As obras do escritor serão adaptadas para espectáculos diversos, com destaque para o teatro, que terá nove adaptações dos seus livros. Maria da Piedade Ferreira, editora de Lobo Antunes na Dom Quixote caracteriza esta iniciativa: "Acho que nunca houve um autor, nem mesmo francês, a quem tenha sido feita uma homenagem tão importante como esta, a este nível: seis meses, num teatro, com colóquios, recitais, peças, as coisas mais variadas, com actores franceses e alguns portugueses, muitos encenadores, muitos músicos envolvidos. É uma coisa quase inédita."

Esta iniciativa tem lugar na MC93 (Maison de Culture 93), situada em Bobigny, a norte de Paris, criada em 1972. A MC93 decidiu dedicar a sua temporada de 2011 ao escritor português, que é alvo de um culto particular em França, país onde estão editadas 24 das suas 29 obras.

O primeiro espectáculo, "Estado Civil-Etat Civil", estreou a 14 de Janeiro e teve por base as conversas de António Lobo Antunes com Maria Luisa Blanco, do jornal espanhol El Pais, publicadas em livro em 2002.

Hoje, dia 26, será editada em França a 25ª obra do escritor português, "O Meu Nome é Legião", de 2007. A tradução da obra foi ontem apresentada na Embaixada de Portugal em Paris e hoje será o tema para uma sessão de discussão e leitura com a presença do escritor que, nos próximos dias, também estará em Nancy e Estrasburgo.

Serão, de Janeiro a Junho de 2011, 50 noites dedicadas a António Lobo Antunes através de leituras (em francês, português e outras línguas), instalações, performances, concertos e convívios. Em Junho, os actores portugueses Maria de Medeiros e Luís Miguel Cintra farão uma adaptação da penúltima obra do escritor, "Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?"

Eusébio, o melhor futebolista português de sempre, completa hoje 69 anos!

Eusébio da Silva Ferreira nasceu a 25 de Janeiro de 1942 em Maputo, antiga Lourenço Marques, capital de Moçambique. Começou a jogar no Sporting de Lourenço Marques, de 1957 a 1960. Chegou a Lisboa, para jogar no Benfica, a 17 de Dezembro de 1960. Recentemente, comemoraram-se os 50 anos da sua chegada a Portugal. Jogou pela equipa encarnada durante 15 épocas, de 1960 a 1975, tendo conquistado, com o emblema da águia, 1 Liga dos Campeões, 11 Campeonatos Nacionais, 5 Taças de Portugal, 5 Taças de Honra e 1 Mundialito de Clubes. Recebeu 7 vezes a Bola de Prata, como melhor marcador do campeonato nacional, e 2 Botas de Ouro, como melhor marcador europeu.

Depois de sair do Benfica, passou ainda por vários clubes: Rhode Island Oceaneers (EUA - 1975), Boston Minutemen (EUA - 1975/1976), Monterrey (México -1976), Beira-Mar (PT - 1976/1977), Las Vegas Quicksilvers (EUA - 1977), União de Tomar (PT - 1977) e New Jersey Americans (1977/1978).

O "Pantera Negra" estreou-se na Selecção Nacional a 8 de Outubro de 1961. Foi uma das grandes figuras do Campeonato do Mundo de 1966, em Inglaterra. Os jogos de Portugal contra a Coreia do Norte e o Brasil ainda hoje são recordados por todos os portugueses. Portugal alcançaria o 3º lugar nesse campeonato, sendo derrotado pela equipa anfitriã. A imagem de Eusébio, no final do jogo, lavado em lágrimas, ficaria para a História. E a marca de Eusébio ficou ainda mais vincada neste campeonato, ao ser o melhor marcador da prova, com 9 golos. A sua última internacionalização pela equipa das quinas foi a 13 de Outubro de 1973.

Em 1965, recebeu a Bola de Ouro para o melhor futebolista europeu. Foi o primeiro português a vencer este troféu. Depois dele, também Luís Figo (2000), Cristiano Ronaldo (2008) e José Mourinho (melhor treinador 2010) conquistaram o troféu.

Eusébio, "Pantera Negra", "Rei"... qualquer que seja o nome que lhe quisermos dar, estaremos sempre a falar de um dos melhores jogadores de futebol que o mundo já viu e que marcou 1137 golos ao longo da sua carreira.

Para comemorar o 69º aniversário e assinalar os 50 anos da sua chegada a Portugal, a RTP1 transmite hoje, às 22h00, a Gala Eusébio, para homenagear o melhor futebolista português de todos os tempos. Com apresentação de José Carlos Malato e Tânia Ribas de Oliveira, será um espectáculo com muita alegria e emoção, onde serão recordadas as muitas alegrias que Eusébio proporcionou a todos os portugueses ao longo da sua brilhante carreira como futebolista e como embaixador de Portugal pelo mundo fora. A esta homenagem, irão associar-se várias figuras do desporto, da cultura e da política. O espectáculo será transmitido em directo, a partir do Coliseu dos Recreios, pela RTP1, RTP África e RTP Internacional. A TVM - Televisão de Moçambique também irá transmitir o espectáculo em simultâneo.

Actualmente, está também a ser preparada uma peça de teatro sobre Eusébio - tendo como pano de fundo o jogo de Portugal com a Coreia do Norte, no Mundial de 1966 - que irá estrear dentro de um ano.

Eusébio é o maior nome do Benfica e o maior nome do futebol português e, neste dia, todos os portugueses lhe prestam homenagem.

Parabéns, Pantera Negra! O Rei faz anos... Viva o Rei!!!

A actriz portuguesa Leonor Silveira recebe hoje o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras de França, na embaixada de França em Lisboa. Recentemente, a fadista Mariza recebeu a mesma condecoração mas, anteriormente, já outros portugueses tinham recebido esta distinção, como o escritor António Lobo Antunes, o encenador Joaquim Benite, a actriz Maria de Medeiros ou a fadista Mísia. À Agência Lusa, Leonor Silveira mostrou o seu contentamento com esta distinção: "Ver o Governo francês olhar para a cultura portuguesa desta forma é, para mim, como actriz e defensora da cultura portuguesa, uma felicidade e uma grande alegria."

Leonor Silveira tem 40 anos e é natural de Lisboa. O seu primeiro papel no cinema foi no filme "Os Canibais"(1988), de Manoel de Oliveira, o realizador com quem mais tem trabalhado ao longo da sua carreira. Muitos outros filmes se seguiram, como "Vale Abraão"(1993), "O Convento"(1995), "Party"(1996), "Viagem ao Princípio do Mundo"(1997), "O Princípio da Incerteza"(2002), "Um Filme Falado"(2003), "Espelho Mágico"(2006), "Cristóvão Colombo - O Enigma"(2007) ou "Singularidades de uma rapariga loura"(2009), entre outros.

A actriz portuguesa disse ainda à Agência Lusa: "Ser reconhecida desta forma é o meu agradecimento à cinematografia portuguesa e ao cinema português que tem, de facto, esta força e esta identidade que se faz reconhecer por este mundo fora."

Leonor Silveira é sub-directora do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), desde 2007, e tem participado como júri, com alguma regularidade, em festivais de cinema como o de Cannes ou de San Sebastian. Em 1997, foi condecorada pelo então Presidente da República Jorge Sampaio com a Comenda da Ordem de Mérito e, em 1995, foi homenageada por Mérito Artístico pelo Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.

"Em 1918, Emílio da Silva Braga fundou na Rua Nova do Almada aquela que viria a ser considerada por essa época uma das melhores papelarias da cidade. Quase um século mais tarde, a Emílio Braga Lda está agora nas mãos da quarta geração e continua a fabricar o mais emblemático dos seus produtos: o famoso «galocha» (do francês Galuchat). Trata-se de um caderno de bolso, distinto e característico com a sua lombada e cantos reforçados em tecido colorido, de produção totalmente artesanal. É o verdadeiro caderno português. Tal como este, parte de uma colecção de seis modelos diferentes, especialmente produzidos pela Emílio Braga para A Vida Portuguesa."

Ofereceram-me um livro destes... lindo e 100% português! : )

http://www.avidaportuguesa.com/