O "Diário de Notícias - Madeira" foi o vencedor na categoria "Jornal Europeu do Ano-Categoria Local", do "European Newspaper Award". No anúncio oficial dos prémios refere-se o "charme especial" que as edições do "Diário de Notícias-Madeira" projectam através de um grafismo moderno. O diário madeirense já tinha recebido várias menções honrosas, em anos anteriores, pelo seu grafismo.

O semanário "Expresso" e o diário "i" também receberam menções honrosas.

Além do jornal português, os restantes prémios foram para o norueguês "Bergens Tidente" (categoria regional) e o dinamarquês "Politiken" (categoria nacional). Os reconhecimentos especiais foram para o irlandês "Gaelscéal" e para a edição preparada para iPad do alemão "Frankfurter Rundschau".

O júri do "European Newspaper Award" foi composto por 12 jornalistas, designers e investigadores de 8 nacionalidades que analisou 219 jornais de 27 países europeus.

O Festival dos Oceanos (edição de 2009), que se realizou em Lisboa entre 1 e 15 de Agosto, foi distinguido como o 2º Melhor Evento Cultural Europeu, nos European Best Event Awards, numa cerimónia realizada hoje em Milão, Itália. Em 1º lugar, ficou o 12º Campeonato Mundial de Atletismo, que se realizou em Berlim.

O Festival dos Oceanos, que este ano teve a sua 7ª edição, é uma iniciativa do Turismo de Lisboa e tem a produção da Realizar. Ana Fernandes, directora-geral da produtora, disse ao "Diário de Notícias" que "este reconhecimento vem comprovar que esta é uma aposta ganha do Turismo de Lisboa para cativar habitantes e turistas à capital portuguesa durante um mês fortemente influenciado pela sazonalidade. É, igualmente, um sinónimo de profissionalismo e da capacidade de organização de grandes eventos no nosso país".

A edição de 2011 terá lugar de 30 de Julho a 13 de Agosto.

Se fosse vivo, José Saramago faria hoje 88 anos... mas o Nobel da Literatura partiu no passado dia 18 de Junho, deixando-nos a sua maior riqueza: os seus livros!

Para assinalar a data de hoje, e homenagear aquele que foi um dos grandes nomes da literatura universal, irão decorrer vários eventos. Uma das iniciativas é promovida pelo Instituto Camões: uma cadeia de leitura em homenagem a Saramago que irá acontecer em vários pontos da rede de leitorados, centros de língua e centros culturais do Instituto Camões no mundo. Além da leitura de excertos das obras de Saramago, haverá exibição de filmes de ficção e documentários, realização de conferências, exposições bibliográficas. Serão 26 locais de cerca de 20 países em África, América do Sul, América do Norte e Europa que prestarão homenagem ao Nobel português. Mas as homenagens não se cingem ao dia de hoje, pois em alguns países as mesmas já tiveram lugar e há outros onde acontecerão em dias posteriores.

Em Lisboa, também terão lugar várias iniciativas. A principal sala da Biblioteca do Palácio Galveias será hoje baptizada com o nome de José Saramago. As cerimónias de homenagem a realizar na biblioteca incluem, no próximo dia 18, a leitura da tradução do romance de Léon Tolstoi, "Anna Karenina", feita pelo escritor português, e que se insere no projecto "León Tolstoi e José Saramago - Dois Aniversários". Ontem teve lugar o lançamento do livro "José Saramago - Nas suas palavras", uma selecção e edição do espanhol Fernando Goméz Aguilera.

O documentário "José & Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, estreia na próxima 5ª, dia 18, nas salas de cinema e hoje é a ante-estreia, no cinema São Jorge. Em seguida, terá lugar a apresentação da banda sonora do filme, no Lux-Frágil, que contará com actuações de Camané, Noiserv, Pedro Gonçalves (Dead Combo) e Pedro Granato.

Várias escolas por todo o país irão também assinalar esta data com a leitura de excertos da obra de Saramago e textos sobre o autor escritos pelos alunos. Sob o lema "Novembro, mês de Saramago" têm sido levadas a cabo uma série de iniciativas em várias localidades portuguesas e estrangeiras.

A viúva de Saramago, Pilar del Río, anunciou entretanto que a casa de ambos, em Lanzarote, conhecida como "A Casa", irá funcionar como casa-museu com "cheiro a café português", com residência para escritores seniores.

José Saramago nasceu a 16 de Novembro de 1922, na Azinhaga (Golegã), e faleceu a 18 de Junho de 2010, em Lanzarote. A eterna homenagem que todos os que admiravam a  obra (e dos que a querem conhecer) do Nobel da Literatura português é nunca deixar de ler os seus livros!

O cientista português Alexandre Trindade, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa e do Instituto de Ciência da Gulbenkian, venceu o 2º prémio (1200 euros) do concurso "Medimmune European Cancer Research", que visa premiar cientistas de topo que se destacam na luta contra o cancro.

O primeiro prémio (2300 euros) foi entregue a Carmela de Santo, do Instituto de Medicina Molecular The Weatherall (Universidade de Oxford), e o 3º prémio foi para Thomas Cox, do Institute of Cancer Research, de Londres.

Este concurso foi aberto a licenciados e pós-graduados de toda a Europa, tendo sido seleccionados 10 finalistas que apresentaram as suas pesquisas a um painel de jurados especialistas. Depois da avaliação das apresentações, tendo em conta o seu mérito científico, inovação e apresentação, os três vencedores foram anunciados na cerimónia de entrega de prémios, que decorreu na Universidade de Cambridge.

O piloto português Armindo Araújo, acompanhado por Miguel Ramalho, sagrou-se hoje bicampeão do Mundo de ralis, na categoria de Produção (PWRC), em prova realizada no País de Gales.

Armindo Araújo (Mitsubishi Lancer), de 33 anos, terminou o Rali da Grã-Bretanha em 2º lugar na sua classe-18º na geral-classificação mais do que suficiente para que o piloto de Santo Tirso revalidasse o título conquistado no ano passado. O rali da Grã-Bretanha foi ganho pelo francês Sebastian Loeb.

Armindo Araújo é o único piloto português com dois títulos mundiais de Produção, depois de, no ano passado, se ter tornado o segundo luso a ser campeão do agrupamento, repetindo o feito de Rui Madeira, em 1995. Além disso, Araújo é também o primeiro piloto a conquistar dois títulos mundiais consecutivos na categoria de Produção do Mundial de Ralis.

No final da prova, Armindo Araújo dedicou o título a Portugal: "A dedicação deste título é para todo o Portugal, que bem merece uma alegria num momento como este. Estou muito orgulhoso daquilo que consegui e espero que Portugal também esteja muito orgulhoso!"

O ginasta português André Lico revalidou ontem o título mundial de ginástica de duplo mini trampolim no Mundial de Trampolim que decorreu em Metz, França. O ano passado, o título tinha sido conquistado em São Petersburgo, na Rússia.

André Lico, de 22 anos, obteve 73 400 pontos na prova, ficando o norte-americano Austin White em 2º lugar, com 73 000 pontos.

Além de André Lico, mais três ginastas portugueses chegaram às finais neste Mundial. A dupla Nuno Merino e Diogo Ganchinho conquistou o 5º lugar em trampolim sincronizado e Sílvia Saiote foi 6ª na final de duplo mini trampolim feminino.

Chamava-se João Manuel Serra, mas em Lisboa todos o conheciam por "Senhor do Adeus". "O Senhor do Adeus", uma das figuras mais típicas da capital, faleceu ontem, aos 79 anos.

Todos os dias, o "Senhor do Adeus" andava pelas ruas de Lisboa - em especial na zona do Saldanha e, nos últimos tempos, mais por Belém e Restelo - a acenar a quem passava, apenas porque acreditava que assim fazia os lisboetas mais felizes... e eram muitos o que retribuiam o seu cumprimento, acenando ou buzinando. Ao contrário do que muitos julgam, dizia "olá" e não "adeus"!

Pode parecer estranho, mas este peculiar modo de vida tinha uma explicação. Começou depois da morte da mãe do senhor João e era uma forma de afugentar a solidão. "Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias da casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente."

 João Manuel Serra nasceu em 1931 e adorava cinema. Ia, todos os domingos, ao El Corte Inglés ver filmes com os amigos Filipe Melo (músico de jazz, realizador e autor de banda desenhada) e Tiago Carvalho e os seus comentários e impressões acerca dos filmes eram depois comentados no blogue "O Senhor do Adeus". ( http://senhordoadeus.blogs.sapo.pt/17962.html) Assinava uma rubrica de cinema no programa "A Rede", no Canal Q, foi retratado na banda desenhada "As aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy" (de Filipe Melo e Juan Cavia) e participou no filme "I'll See You in My Dreams" e na série "Mundo Catita".

Ficará ainda imortalizado no fado "O Homem do Saldanha", escrito por Boss AC e cantado por Marco Rodrigues e Carlos do Carmo.

Esta noite, os lisboetas irão prestar homenagem e despedir-se do "Senhor do Adeus".

Até sempre, "Senhor do Adeus"! Até sempre, Senhor João!

Hoje é um dia em grande para o arquitecto português Álvaro Siza Vieira. Além de ter recebido o grau de Doutor "Honoris Causa", da Universidade Técnica de Lisboa, é também o vencedor do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura deste ano, segundo o anúncio da Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, que realçou que "Siza Vieira é uma das referências mais marcantes da arquitectura e da cultura contemporâneas." .

O prémio, que vai na 3ª edição, distingue uma personalidade que tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços culturais entre os dois países. Em 2006, o prémio foi entregue ao poeta e tradutor português José Bento e, em 2008, o galardão foi para o espanhol Perfecto Cuadrado, professor de Filologia Galega e Portuguesa, na Universidade das Ilhas Baleares, e tradutor de diversas obras portuguesas para castelhano, incluindo a de Fernando Pessoa. O prémio inclui um troféu de Fernanda Fragateiro e 75 mil euros suportados pelos dois Estados. O júri deste ano foi constituído pelo arquitecto Manuel Graça Dias, o escritor João de Melo e a jornalista e escritora Clara Ferreira Alves, em representação do Estado português, e pela arquitecta Fuensanta Nieto e os jornalistas Pilar del Río e José Manuel Diego Carcedo, em representação do Estado espanhol. O prémio será entregue na cimeira luso-espanhola, em Janeiro.

Álvaro Siza Vieira tem 77 anos e é natural de Matosinhos. Com 50 anos de carreira, a sua obra foi exposta em diversas cidades, como Copenhaga, Veneza, Milão, Helsínquia, Paris, Londres, Amesterdão, Berlim, Cambridge, Nova Iorque, Paris, Barcelona, Toulouse ou Bruxelas e em lugares de prestígio como o Museu Alvar Aalto, o Centro Georges Pompidou e a Columbia University, em Nova Iorque.

São inúmeros os prémios recebidos pelo arquitecto português ao longo da sua carreira, entre os quais se destacam o Prémio Pritzker (1992), Medalha de Ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de Arquitectos de Madrid (1998), Prémio Pince of Wales da Universidade de Harvard, Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos (2009), Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura (2009), Medalha de Ouro Real, no Reino Unido (2009).

O Museu de Serralves, o Pavilhão de Portugal na Expo'98 e o projecto de renovação do Chiado são algumas das suas obras mais marcantes.

Esta tarde, Siza Vieira recebeu o grau de Doutor "Honoris Causa" pela Universidade Técnica de Lisboa, pelo "contributo para o prestígio e dignificação da cultura portuguesa", pelo "percurso de cidadão, projecção nacional e internacional da obra arquitectónica". A cerimónia teve lugar no auditório da Faculdade de Arquitectura, no pólo da Ajuda.

"Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura."

E a cada novo livro que escreve, José Luís Peixoto prova que é um dos grandes nomes da nova geração da literatura portuguesa. Um romance que nos recorda a emigração portuguesa para França nos anos 60 e que, na segunda e última parte, nos transporta ao universo literário e ao amor pelos livros. Por livros como este Livro... a não perder!