Gérard Castello-Lopes (1925 - 2011)
Faleceu, no passado dia 12, o fotógrafo e distribuidor de cinema Gérard Castello-Lopes. Tinha 85 anos e vivia em Paris.
Gérard Castello-Lopes nasceu em Vichy (França), mas viveu em Lisboa, Cascais e Estrasburgo, onde integrou o corpo diplomático da Missão Permanente de Portugal junto do Conselho da Europa. Licenciou-se em Economia no ISCEF, em Lisboa, foi fotógrafo, profissional de cinema e crítico cinematográfico. Dedicou-se à fotografia desde 1956, mas só a partir de 1982 é que deu um grande impulso a esta actividade.
Herdou o negócio do pai, José Castello-Lopes, um dos pioneiros do cinema português e fundador da Filmes Castello-Lopes. Gérard foi assistente de realização no filme "Asas Cortadas"(1963), de Artur Ramos, e na curta-metragem "Nacionalidade:Português"(1972), de Fernando Lopes. Esteve na fundação do Centro Português de Cinema. De 1991 a 1993, presidiu ao júri do Instituto Português de Cinema, além de ter integrado o conselho consultivo da Culturgest.
Na fotografia, foi autodidacta e considerava-se um fotógrafo amador. Era um seguidor dos ensinamentos técnicos de Henri Cartier-Bresson e foi buscar muita da sua formação em revistas e livros estrangeiros de fotografia. Captou o Portugal da ditadura e um mundo em mudança. Realizou várias exposições individuais e participou em diversas colectivas, em Portugal e no estrangeiro.
Foi crítico de cinema na revista "O Tempo e o Modo" (1964 a 1966) e foi também colaborador em jornais como "A Tarde" e o "Seminário", de 1982 a 1984.
Um grande nome da cultura portuguesa que desaparece!